5 de janeiro de 2008

O tamanho conta...

Na democracia portuguesa e noutras suas congéneres, afirmar um ideal político é coisa de muitos porque as democracias não são anarquias espartilhadas por milhentas sensibilidades e pelas usuais birras, agrupadas em torno da meia dúzia de gatos-pingados do costume. Nada disso!
Por isso, ao abrigo da nossa Lei dos Partidos, foram consagrados os legítimos monopólios das ideologias e das diatribes partidárias: os comunistas registaram o comunismo, os socialistas ficaram com o socialismo e os sociais-democratas assenhorearam-se do liberalismo (caseiramente tratado como um socialismo liberal).
A marca dos cinco mil militantes passa a delimitar, para os opulentos cozinheiros da dita lei, a fasquia entre um partido político gorducho e um escanzelado movimento de pessoas, sem eira nem beira.

É isto a democracia, um regime político em que «o tamanho conta»...

Sem comentários: