4 de março de 2008

Da ignorância ou da aldrabice?

Do ponto de vista intelectual, os argumentos da ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, são pouco menos do que mentecaptos e pouco mais do que falaciosos.

No primeiro caso, porque o número médio de alunos por escola se conseguiu à custa do fecho de escolas com poucos alunos, cujo sacrifício pessoal destes e das famílias aumenta, assim como o encargo em transportes a cargo das autarquias. Do mesmo modo, as aulas de inglês, música e as actividades de prolongamento horário devem-se em larguíssima medida, às autarquias e não ao ministério da educação, entidade demissionária e subitamente reformista.

No segundo caso porque, ao insistir em performances que resultam de ordinária engenharia estatística, a ministra evidencia três coisas: a apropriação indevida do mérito alheio, a indignidade da desonestidade e o completo menosprezo pela intelectualidade dos portugueses.

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