15 de abril de 2008

Bate-nos, que nós gostamos!

Alberto João, o quezilento tirano da República das Bananas Tortas, governa com mão de ferro um pequeno território insular, convencido ser sua propriedade por usucapião apesar dos donativos do abastado e filantropo “Continente”. De referir que este território tem como base da sua economia a exportação de bananas tortas, muito do agrado da classe política portuguesa, que as endireitam com grande denodo e alegria.

Misteriosamente, Aníbal, o cidadão português empossado como Presidente da República, magnânime e tolerante, faz escorrer simpatias numa espécie de campanha eleitoral para o Conselho de Administração do Céu.

Obnubilado pelo frenesim da campanha eleitoral, o arcanjo Cavaco parece não consentir nas repercussões negativas que o seu comportamento complacente terá nessas unidade e estabilidade política tão desejadas para este Portugal. Desde logo, pela indevida apropriação daquele território pelo imperador Alberto João das Bananas, ao qual não são devidas quaisquer repreensões, para não falar de ordens de prisão. Mas também pela exportação de bananas crescentemente mais tortas e de perímetro cada vez mais grado. Essa alteração contratual unilateral parece, ainda assim, agradar à classe política portuguesa.

Obnubilado ainda pelo frenesim da campanha eleitoral para ganhar o Céu, Aníbal denotou uma clara desresponsabilização e chutou para canto. Fez vista grossa numa matéria que vem alimentar a crescente falta de credibilização da política portuguesa, reforçar o sentido de impunidade de alguns dos seus actores, regando com combustível a instabilidade política que se observa actualmente e, claro, levantando suspeitas sobre a idoneidade institucional da figura do Presidente da República por não reprimir alguém oriundo das suas próprias trincheiras partidárias.

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