29 de janeiro de 2009

Saberes e poderes nos hospitais

A ministra da saúde, Ana Jorge, acusou que o problema dos hospitais é de organização. E os responsáveis são os administradores e os chefes de serviço. Contudo, parece que o problema partilha raízes mais antigas, do tempo em que o director do hospital não respondia perante um concelho de administração. Sem desresponsabilizar os pretensos agentes de que a ministra fala, parte do problema dá pelo nome de cultura organizacional. Conjunto de valores, normas e crenças específicas desenvolvidas e próprias dos hospitais. Com as respectivas relações de poder, tão estudadas em Portugal por Graça Carapinheiro. Saberes e poderes nos hospitais...

Pois bem, os agentes habituaram-se a reproduzir e transmitir determinados padrões culturais. Os hospitais cresceram, transformaram-se. As sociedades também sofreram transformações, assim como o próprio modelo economicista da gestão dos governos, complacente com a perfídia de manter um Serviço Nacional de Saúde de importância «dispensável» mas coexistente com um sector privado parasita.

1 comentário:

Anónimo disse...

O sistema capitalista está falido.
Os governos estão preocupados em salvar em banca e a crise deixou transparecer isso mesmo.
Fukyama dizia que não havia mais nada para lá disto, e eu pergunto porquê?
É possivel existir um mundo diferente, um mundo não capitalista e é possível existir uma outra forma de democracia.
Democracia não é só ter o direito de votar, é bem mais que isso.