3 de março de 2009

Kramer contra kramer

Não pude deixar de notar a ironia da sentença quando o repórter televisivo tranquiliza os espectadores afiançando que a Guiné regressou hoje à normalidade. Ironia, porque a vingança traduzida na reciprocidade equidistante que tutela o assassinato de dois oponentes prometidos às profundezas do inferno, parece fazer parte da normalidade pretensamente interrompida.
Ironia, porque a miserável normalidade da Guiné não resistiu jamais à pilhagem sem escrúpulos do país e do povo por homens como os que se assassinaram mutuamente em duelo marcado por um invulgar desfasamento horário.

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