8 de junho de 2009

Homem-lapa

Sem condições políticas para continuar a exercer o cargo e apesar de olhado com legítima desconfiança pela população, Vítor Constâncio luta com unhas e dentes pela cadeira de governador do Banco de Portugal como se não houvesse amanhã. E como se a sua vida passasse doravante a ser uma sequência amorfa de dias sem a agitação e o frenesim da ribalta financeira. E como se, finalmente, o Estado português não lhe tivesse pago mais do que suficiente para abandonar o cargo de bico calado e dar graças a Deus por não ser um Cristão a sério, daqueles que, depois de um merecido tabefe, oferecem imediatamente a bochecha virgem para acolher uma sucessão deles exemplarmente aplicados.

1 comentário:

rui disse...

com o dinheiro que ele ganha... também eu me agarrava...
o vencimento dele é maior do que o vencimento do presidente da reserva federal americana