Todos lamentamos a tragédia que se abateu sobre a ilha da Madeira. E sabemos que, naquelas circunstâncias em que num único dia cai 1/5 da precipitação anual do Funchal, não há grandes ilusões e a catástrofe é inevitável. Também se sabe que o ordenamento do território é uma ferramenta «descoberta» recentemente e pouco útil para o político médio português. E que, perante a bátega referida, esse tal processo de planeamento poderia ter minimizado razoavelmente as perdas. Sabemos, enfim, que agora não é hora de afiar o gume das lâminas ao carrasco mas sim de olhar em frente e aprender.
Porém, o que não é tolerável, não obstante ser representativo da elegante mediocidade da classe política portuguesa, é misturar alhos com bugalhos. Como, de resto, se enleiam os poderes executivo, judicial e legislativo... E essa nota, deu-a o chefe da bancada parlamentar do PS - Francisco Assis - no momento em que prescinde do pedido de fiscalização da lei das finanças regionais junto do Tribunal Constitucional. Uma lei que o PS combateu com particular denodo e justiça na Assembleia da República, invocando valores e princípios de actuação em convergência com as necessidades de saneamento das contas públicas. Uma verdadeira mas triste fantochada.
Porém, o que não é tolerável, não obstante ser representativo da elegante mediocidade da classe política portuguesa, é misturar alhos com bugalhos. Como, de resto, se enleiam os poderes executivo, judicial e legislativo... E essa nota, deu-a o chefe da bancada parlamentar do PS - Francisco Assis - no momento em que prescinde do pedido de fiscalização da lei das finanças regionais junto do Tribunal Constitucional. Uma lei que o PS combateu com particular denodo e justiça na Assembleia da República, invocando valores e princípios de actuação em convergência com as necessidades de saneamento das contas públicas. Uma verdadeira mas triste fantochada.
2 comentários:
É como dizes: ou é constitucional ou não é! Por isso é que o Alberto João Jardim veio logo dizer que se inaugurou uma nova era nas relações entre o governo regional e o governo da república. Essa decisão do PS veio pôr a nú as verdadeiras motivações que estavam por detrás da recusa dos socialistas em chumbar a lei das finanças regionais: puro revanchismo.
Entretanto, o ministro das finanças Teixeira dos Santos, deu o dito de Francisco Assis por não dito e esclareceu que a ajuda à Madeira nada tem que ver com a constitucionalidade da lei das finanças regionais. Perante esta interpretação diversa sobre a acção político-partidária, resta perceber qual dos dois agiu por sua conta e risco. Se foi Assis, estaremos apenas diante de mais um trepador.. Se foi Teixeira dos Santos, nesse caso estaremos defronte um homem respeitável pelo compromisso coerente com os seus princípios.
Enviar um comentário