14 de março de 2005

A comprometedora renovação no Redondo


Já se adivinhava há muito, mesmo depois da aromática operação de marketing operada pelo PCP nas últimas legislativas. Nos telhados de vidro destas coisas, acontece a retirada da confiança política a Alfredo Barroso (Presidente da Câmara Municipal de Redondo). Já que falamos de água, uma gota de água a transbordar um copo cheio?

Independentemente das suas razões (lá as terá), o Comité Central arrisca 
perder mais uma câmara no Alentejo, sendo certo que as lógicas de fidelização local não podem ser ignoradas (com Barroso, saiu a concelhia em peso).
 
Apesar do charme de Jerónimo, convém não esquecer que a subida de dois deputados nas últimas legislativas se deve também ao desaire alheio e à dinâmica socialista: de 2002 para 2005, o PCP subiu apenas 0,6%, beneficiando claramente na conversão proporcional de votos em mandatos.
No distrito de Évora, por exemplo, Abílio Fernandes é eleito com os votos dos concelhos limítrofes, beneficiando claramente da punição do eleitorado ao PSD e do eleitorado conquistado há 30 anos... Por isso, ainda em Évora, a CDU «cresceu» 422 votos no distrito inteiro. Portanto, falamos de vitórias relativas.

Caso Alfredo Barroso, venha a formar uma lista independente ou concorra com o apoio tácito de outro partido (como é espera, em particular no primeiro caso), o PCP põe em risco todo o concelho do Redondo.

Não se percebe.

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