1 de setembro de 2009

O cabelo da Manela denuncia um certo conservadorismo

A JS acusou Manuela Ferreira Leite de ter parecenças com uma "professora primária conservadora do antigamente", como se a culpa fosse dela e não da sua cabeleireira. É natural que a verve, a transitoriedade e a irreverência características dos jovens, acrescidas por alguma imbecilidade das jotas, lhes instigue paixões acirradas pelos antípodas. Logo, é legítimo pensar que para eles, um professor moderno e sofisticado é representado pelo tipo relaxado, sempre disposto a aceitar umas valentes bolachadas de alunos e pais, e cujas preocupações qualitativas são esvaziadas pela obsessão com as sacrossantas estatísticas.
Simpatize-se ou não com a senhora, com as roupas bafientas e com o cabelo com topete e armação de laca, ainda se está para perceber a «profundidade» estratégica, semiótica e linguística do discurso dos rapazolas. Lá tamanho têm eles...
Aqui está uma amostra da escola política em Portugal, sendo certo que o problema de credibilidade que infesta a política e os políticos é, afinal, um problema de elementar educação.

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