26 de abril de 2006

25 de Abril

De há 1 ano para cá pouco mudou, pelo que as palavras dessa altura valem para a actualidade. Pecam por escassas. Mas esgotar o âmbito da observação e análise com palavras seria uma tarefa tão árdua quanto lunática. Há sempre espaço para aditamentos. E, passados 32 anos, dá efectivamente a sensação que houve pouca bulha, pouco sangue. Não são assim as revoluções, nem no país dos estrumpfes... É tudo tão sensaborão, tão maçadoramente português…
Passados 32 anos, tal como hoje, a responsabilidade foi esfumada, ninguém foi responsabilizado, ninguém foi tido nem achado. Temos a incrível faculdade de exorcizar a toda a merda feita ao mais alto nível, «assim governamo-nos a todos»... As elites de ontem são as elites de hoje. Foram objecto de uma reciclagem higiénica. Vira-casacas, um bigode a menos e uma alteração de residência. Uns tempos no Brasil, nos casos mais bicudos. Entretanto, passados 32 anos (e 40 e 60 e 150 e 300), aqui a chusma continua inerte a contemplar as diabrites que os mariolas fazem, promovendo-as posteriormente entre si a um nível mais medíocre e imensamente mais néscio. Raiosnospartam a todos!

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